O ótimo é inimigo do bom: como lidar com o fator tempo em tempos de crise.

Em empresas prósperas, que estão vivenciando um momento de crescimento e expansão significantes em seu desempenho econômico e financeiro, o tempo muitas vezes não é um fator primordial. As análises são feitas através do que se espera delas, sendo o “como” mais importante do que o resultado, a fim de assegurar as decisões tomadas.

Ao viés disso, uma empresa que se apresenta com dificuldades tem no fator tempo um inimigo cruel. Se optar por não tomar a decisão no momento certo, ou se tomar a decisão errada no momento certo, ou ainda a decisão certa, mas no momento errado, pode significar a completa insolvência da empresa.

Importante notar também que a crise pode se manifestar em qualquer momento do ciclo empresarial, ou seja, em uma empresa iniciante, madura, na fase de crescimento, ou na retração – não há regra geral. Já disse Benjamim Franklin que duas coisas nos são certas: os impostos e a morte (em inglês “Nothing is certain but death and taxes”), mas ousaria acrescentar também, além dos impostos, a crise empresarial, que nos afeta de diversas maneiras.

Em momentos difíceis, é fácil notar a urgências das decisões, que muitas vezes precisam ser tomadas com pulso firme e ao contragosto de pessoas próximas, colaboradores e, por que não dizer, contrários até a nossa filosofia pessoal. É neste momento que o gestor se pega em um dilema: por onde começar?

Garantir a sobrevivência da empresa é sempre o primeiro passo, após a identificação dos fatores que levaram a crise. Essa ação leva a uma decisão: o que é mais importante para a empresa neste momento?

Primeiro passo realizado, é preciso identificar como será retomada a sua viabilidade econômica e financeira, a fim de proporcionar a evolução necessária para perpetuar o negócio como um todo.